Faculdade de Ciências Agrárias de Marabá - FCAM 

Apresentação: Curso de Agronomia 

 

O curso de Agronomia do Campus de Marabá tem como objetivo formar Engenheiros Agrônomos com uma sólida base técnico-científica, com capacidade de analisar e agir de maneira crítica sobre a realidade na qual trabalha, e comprometido com o desenvolvimento sustentável da região amazônica nas suas dimensões sociais, econômicas, ambientais e culturais.

Para tanto  curso baseia-se nos seguintes princípios filosóficos metodológicos:

a) Formação apoiada na Pesquisa

A investigação é de primeiríssima importância para a formação dos profissionais, no sentido que possibilita aos estudantes o confronto entre teoria e prática, lhes outorgando a capacidade de questionar os conhecimentos adquiridos na sala de aula, à luz das realidades que pesquisam no seu próprio contorno rural. Além disso, a pesquisa estimula a criatividade e fomenta, nos estudantes, a curiosidade e o exercício da dúvida, permitindo desenvolver a capacidade crítica e criativa tão necessária, de sorte a contribuir para a “solução dos problemas dos agricultores” dentro das condições de adversidade econômica e natural na qual a maioria deles se encontra.

b). Formação voltada para a realidade regional

A formação de profissionais de Ciências Agrárias deve se dar através do estreito contato do estudante com o meio rural, constituindo-se numa das etapas mais importantes na construção do seu referencial, a fim de melhor conhecer a realidade da agricultura desenvolvida na região pelas diversas unidades de produção agrícola.

A parceria privilegiada com as organizações de agricultores tem a perspectiva de integração dessa formação proposta aos projetos de desenvolvimento regional dessas organizações. Dentre as organizações envolvidas mais diretamente nessa parceria, pode-se citar: a Federação dos Agricultores do Estado do Pará (FETAGRI), a Escola Família Agrícola (EFA), Fundação Agrária do Tocantins-Araguaia (FATA), o Movimento dos Sem Terra (MST) e o Fórum Regional pela Educação do Campo (FREC), entre outros.

Dessa forma, busca-se não apenas formar "técnicos de desenvolvimento" mas, profissionais engajados em operações concretas de desenvolvimento rural contribuindo à constituição progressiva de uma rede de agentes de desenvolvimento, capazes de apoiar os produtores rurais na sua luta constante pela melhoria de vida.

Essas princípios assumem no curso as seguintes características:

a)    forte contato com a realidade, através de estágios de campo em estabelecimentos agrícolas familiares;

b)    prática e teoria em permanente confronto, uma vez que o conteúdo programático das disciplinas tem como base o referencial regional construído e trabalhado a partir das atividades desenvolvidas pelas equipes de Pesquisa-Desenvolvimento;

c)    abordagem sistêmica como ferramenta de apreensão e reflexão da realidade e como hierarquizadora das restrições nos diferentes níveis estudados (conjunto família-estabelecimento agrícola, localidade, região, etc.);

d)    interdisciplinaridade, indispensável para entender a complexidade organizada da agricultura familiar e,
e)    diálogo permanente com os agricultores, através da parceria com suas organizações.

A materialização desses princípios e características se dá a partir das seguintes atividades:

a) aulas teórico-práticas: São 3.645 horas de aulas teórico-práticas, distribuídas por disciplinas em 9 semestres. Buscando uma maior integração de conteúdos e o desenvolvimento de uma capacidade de leitura interdisciplinar da realidade, as disciplinas estão organizadas em 3 eixos temáticos, a saber: (I) Meio Natural Amazônico e o Homem; (II) Sistemas de Produção com Enfoque Agroecológico; (III) Meio Sócio-Econômico e Desenvolvimento Rural.

b) estágios de campo supervisionados: São 300 horas distribuídas em 05 estágios de campo. Em cada um deles, os estudantes do curso passam um período de vivência em comunidades de agricultores da região, observando e experimentando, a partir de roteiros previamente estabelecidos, o cotidiano e as problemáticas das famílias de agricultores.



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